Avançar para o conteúdo principal

O princípio do Movimento

É possível estarmos no sítio que mais gostamos e não estarmos exatamente a sentir o que queremos. O sítio emocional onde nos encontramos é a nossa casa interior, que podemos ir mobilando e mudando à medida que vamos evoluindo. Esta construção é várias vezes posta em causa por fatores externos a nós, como as relações que temos com os outros, o nosso trabalho, a nossa vida financeira, situações que nos acontecem como também por fatores pessoais, como a nossa autoestima, a forma como nos aceitamos. Mas ambos os fatores não são desconetados, antes pelo contrário, eles exigem que façamos um equilíbrio entre os dois mundos.

Surgem-te questões como “O que é que eu ando aqui a fazer?”, “Onde é que eu me encaixo?”, “Porque é que eu sou diferente dos outros?”. Fica difícil construir a nossa casa emocional no meio de tantas questões! Sobretudo quando os fatores externos nos colocam obstáculos discriminatórios como a sensação causada por não correspondermos às expetativas, que afunda ainda mais autoestima por termos medo de sermos nós próprios.

Os seres humanos são movidos por uma vontade enorme de viver em comunidade e com isso alcançar a sensação de pertença. Esta necessidade de sentir conexão pode abranger várias situações como sentir conexão com as pessoas que nos rodeiam como também, o estar conectado com aquilo que fazemos, dizemos ou pensamos, ou seja a nós próprios. Estarmos seguros de nós e das nossas potencialidades e depois viver essa sensação em comunidade.

Felizmente somos todos diferentes! Na variedade é que está o crescimento e evolução da comunidade, mas nem sempre somos igualmente respeitados ou tratados. Foi na defesa pelo direito ao igual-valor que criei o Movimento da Equidignidade, que visa abordarmos questões fundamentais em diversas áreas da vida tendo em conta uma igualdade com equilíbrio, vendo por isso as diferenças sendo tratadas de forma distinta para que se alcancem as mesmas oportunidades para todas as pessoas, só assim alcançaremos o direito da dignidade humana no seu esplendor.

                                                      Movimenta a equidignidade a começar em ti!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Um dia para pensar do lado contrário

31 de Janeiro é o dia do Contrário, idealmente pensado para que as pessoas saiam da rotina, façam as coisas ao contrário do habitual. Ora, é um bom momento para refletir ao contrário daquilo que é habitual também. Retirar o pensamento da zona de conforto e olharmos pelos olhos de quem tem ideias muito diferentes de nós. No meu caso, talvez por ter tirado o curso de direito, tenho isto como um hábito. Perceber que tipo de defesa tem cada ideia num suposto confronto. Quanto mais concordo com uma determinada ideia, mais a confronto, mais a questiono para a aperfeiçoar, para verificar todos os seus pontos fracos e como fortalece-los. Mas também defendo as ideias opostas às minhas, por momentos. "Se eu fosse assim, quais eram os meus argumentos?". Quando a ideia me causa alguma repulsa tento apenas repetirnos argumentos que sei que essas pessoas usam, perceber que sentimentos estarão por de trás, a história e contexto dessa pessoa.  Esta é a base da empatia, a capacidade de nos co...

Chega de empacotar!

é-se assim tão diferente por se ter uma característica que é menos comum❓ O que é ser comum? Trata-se de ter características dos padrões sociais "normativos"? Quem os definiu? 🤷‍♂️ Não se é só mulher, ou só homossexual, ou só incapacitado, ou só de origem africana, ou só anão, ou só velho, ou só criança, ou só desempregado! Ou SÓ coisa alguma🔥! Qualquer uma das pessoas que tenha uma destas características ou outra que pareça colocá-la numa "minoria" também pode ter outras que nos tornam a todos mais próximos, e menos enclausurados em rótulos! 🔨 Ouvem a mesma música, os mesmos podcasts, assistem aos mesmos filmes, que uma outra pessoa sem essa característica. Ou até partilham de histórias parecidas, são filhos de pais separados, nunca viajaram, detestam matemática, a vida amorosa tem sido um caos, etc.  📌Todos somos MAIS e representamos MAIS do que uma característica, e até mesmo as características que t...

Desigualdades estampadas em placas

👀Não é uma legenda de soluções!  Desigualdades que encontrei e sinto: ❗️Há uma clara tendência de associar a mulher ao grande motor da família  com crianças. Quem vai as compras, quem se encarrega das crianças... De facto é quem gere durante nove meses...(ou não!) mas podia ser uma condecoração a esse facto, só que parece mais uma ideia de tarefas destinadas a elas, como é visível no 2° e no 5° exemplo (ambas de coluna torta... para quem gosta dos detalhes). ❗️Existem outros tipos de famílias, monoparentais ou homossexuais. O 5° exemplo leva a sensações de desenquadramento e outras consequências, tanto para os pais como para filhos. Todos têm o direito à família e todos os tipos de família têm os mesmos direitos, começando por também serem representados. Por isso o ex.3 pareça-me, aparentemente, mais neutro. ❗️Associar a saia à mulher, outra desigualdade bastante comum. Existem mulheres-mães que nunca usa...