31 de Janeiro é o dia do Contrário, idealmente pensado para que as pessoas saiam da rotina, façam as coisas ao contrário do habitual.
Ora, é um bom momento para refletir ao contrário daquilo que é habitual também. Retirar o pensamento da zona de conforto e olharmos pelos olhos de quem tem ideias muito diferentes de nós.
No meu caso, talvez por ter tirado o curso de direito, tenho isto como um hábito. Perceber que tipo de defesa tem cada ideia num suposto confronto. Quanto mais concordo com uma determinada ideia, mais a confronto, mais a questiono para a aperfeiçoar, para verificar todos os seus pontos fracos e como fortalece-los.
Mas também defendo as ideias opostas às minhas, por momentos. "Se eu fosse assim, quais eram os meus argumentos?". Quando a ideia me causa alguma repulsa tento apenas repetirnos argumentos que sei que essas pessoas usam, perceber que sentimentos estarão por de trás, a história e contexto dessa pessoa.
Esta é a base da empatia, a capacidade de nos colocarmos na situação da outra pessoa. Ainda que nunca saibamos realmente como a outra pessoa se sente exatamente.
Todos os outros, mais parecidos ou menos parecidos, tem coisas contrárias a nós. Colocarmos em situações em que vamos ter de empatizar com pessoas diferentes vai por si só abrir a nossa mente, tornando mais flexível neste jogo dos contrários. Por isso, acredito mais na flexibilidade do que no equilíbrio imediato das decisões. Acredito que será a flexibilidade contínua que trará o equilíbrio estável.
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